Magistrada designada para Bataiporã participa do Eu,Juíza
A primeira semana de outubro começa com mais uma edição do Eu, Juíza – uma proposta da diretoria da Mulher Magistrada da AMAMSUL, que homenageia cada mulher magistrada, sua história e trajetória na justiça de Mato Grosso do Sul.
A participante desta vez é a juíza substituta Izabella Assis Trad, que ingressou na magistratura este ano e, apesar da pouca experiência na judicatura, tem muita convicção de seus ideais e de sua vocação, o que a deixa muito segura das decisões adotadas até agora na prestação jurisdicional.
Designada para judicar em Bataiporã, ela atendeu ao convite para participar do projeto Eu, Juíza e mostrar para a sociedade um pouco da mulher e magistrada que integra a justiça sul-mato-grossense.
A proposta que mostra para a sociedade as mulheres fortes, inteligentes e capazes que fazem parte da magistratura de MS, foi interrompida no final de 2021 e, em razão da grande repercussão, retomada este ano. A intenção é permitir que se conheça um pouco das novas juízas substitutas empossadas recentemente.
1) Qual a data de seu ingresso na magistratura?
Dia 27 de abril de 2022
2) Está em exercício ou já se aposentou?
Em exercício
3) Como foi sua posse?
Um dia muito esperado, um sonho materializado. A cerimônia foi linda. Meus filhos, minha mãe e meus melhores amigos estavam presentes. Dediquei, com muita emoção, o momento de recebimento da carteira funcional ao meu saudoso pai, falecido em 2017.
4) Como foi seu primeiro dia de juíza?
Desafiador. Em meu primeiro dia na comarca, presidi uma audiência de custódia, da qual somente tomei conhecimento no momento do ato. Assim, precisei lidar com uma situação imprevista. Mas tudo deu certo! Percebi que lidar com questões urgentes e imprevisíveis é recorrente na magistratura, acontece todos os dias. Portanto, o meu primeiro dia de exercício me preparou para os próximos.
5) Qual foi seu dia mais feliz de magistrada?
O primeiro júri que presidi.
6) Qual foi a ação mais significativa ou decisão mais marcante da qual se orgulha?
O encaminhamento à rede de saúde e assistência social de uma gestante que manifestou a vontade de entregar o filho para a adoção. Uma situação que exigiu sensibilidade, diligência e atenção de todo o sistema de justiça para preservar a privacidade e o bem-estar emocional da gestante.
7) O que mais a comoveu na atuação como juíza?
Esse mesmo episódio acima narrado. Mas, em verdade, meu trabalho me emociona todos os dias.
8) Qual seu sonho de magistrada?
Contribuir para a transformação da sociedade, reproduzindo em meu trabalho o direito à igualdade.
9) O que gosta de fazer no tempo livre?
Estar com meus filhos, viajar, ouvir música.
10) Qual seu desafio pessoal e/ou profissional mais relevante?
Jamais perder a sensibilidade e o ideal de justiça.
11) Cite uma mulher inspiradora, brasileira ou não
Minhas avós, minha mãe, minhas filhas.
12) Cite uma mulher inspiradora que exerce ou exerceu um cargo no Poder Judiciário
Ministra Carmem Lúcia, Ruth Bader Ginsburg.
13) O que diria hoje em uma frase a uma mulher que quer ser juíza?
Comece a lapidar hoje a magistrada que você deseja se tornar amanhã.
14) Diga uma frase que a define como mulher magistrada
“Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista”. - Cora Coralina