Eu, Juíza apresenta mais uma juíza substituta
A semana começa com mais uma edição do “Eu, Juíza”, uma proposta que vem sendo desenvolvida pela Diretoria da Mulher Magistrada da AMAMSUL. A ideia é valorizar a trajetória de cada magistrada.
Ao final, as entrevistas serão parte de um livro - um registro histórico, nunca feito de forma tão particularizada pela entidade associativa. Em razão da grande repercussão na sociedade, por permitir que a população conheça as mulheres fortes, inteligentes e capazes que fazem parte a magistratura de MS, podem participar desta nova rodada de entrevistas juízas e desembargadoras que não puderam compartilhar suas histórias na primeira edição do livro.
Esta semana, a juíza substituta Raissa Sila Araújo é a participante do “Eu, Juíza”.
1) Qual a data de seu ingresso na magistratura?
Dia 27 de abril de 2022
2) Está em exercício ou já se aposentou?
Estou em exercício
3) Como foi sua posse?
Foi uma mistura de sentimos. Estava extremamente feliz, realizada e, ao mesmo tempo, ansiosa pelo que estava por vir. Tive a grande satisfação de ter meus familiares, que sempre sonharam comigo e foram meu esteio durante a longa jornada. Pude ver os olhos marejados de orgulho de cada um deles, que se deslocaram por horas para prestigiar a cerimônia.
4) Como foi seu primeiro dia de juíza?
O meu primeiro dia na comarca judicando foi emocionante. Fui muito bem recebida e acolhida pelos servidores do Poder Judiciário de MS, estado que me adotou. Me senti ingressando onde eu sempre sonhei em estar, mas também foi desafiador, pois me deparei com alguns problemas a serem resolvidos que vão muito além da prestação jurisdicional.
5) Qual foi seu dia mais feliz de magistrada?
A magistratura me faz feliz todos os dias. A caminhada não é fácil, é árdua e cheia de desafios, mas o percurso é muito prazeroso. A atividade jurisdicional me traz sensação de dever cumprido a cada ato praticado.
6) O que mais a comoveu na atuação como juíza?
A atuação como juíza me comove diariamente. Todo processo deve ser visto pelo magistrado com sensibilidade porque por trás dos litígios que são trazidos para apreciação existem vidas, existem olhos que brilham e esperam por justiça, existem pessoas que acreditam no Poder Judiciário.
7) Qual seu sonho de magistrada?
Faz parte do meu sonho como magistrada ser um instrumento de transformação social, promovendo a justiça e contribuindo para a pacificação social. Mas, muito além disso, sonho que a magistratura e todas as outras carreiras sejam preenchidas pela força feminina. Sonho com o dia em que teremos as mesmas oportunidades de ingresso e de alcançar cargos de destaque na carreira.
8) O que gosta de fazer no tempo livre?
Estar com minha família.
9) Qual seu desafio pessoal e/ou profissional mais relevante?
Meu maior desafio é manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, de forma que eu me dedique à minha família e, ao mesmo tempo, preste um serviço de qualidade. Ser mulher profissional é um desafio diário, somos obrigadas a demonstrar competência diariamente, somos testadas a todo o tempo e sofremos com as práticas excludentes que imperam na sociedade.
10) Cite uma mulher inspiradora, brasileira ou não.
Sem dúvida, minha mãe, Romilda Alves da Silva Araújo, uma mulher forte, guerreira e dedicada, que sempre me incentivou a alcançar todos os meus sonhos e objetivos de vida.
11) Cite uma mulher inspiradora que exerce ou exerceu um cargo no Poder Judiciário.
Minha madrinha, Rosimeire Alves da Silva, que foi quem me apresentou o Poder Judiciário, quando ainda criança, e se tornou minha primeira inspiração para ingressar na carreira.
12) O que diria hoje em uma frase a uma mulher que quer ser juíza?
Persevere e tenha fé. O caminho é árduo, mas a chegada é esplendorosa.
13) Diga uma frase que a define como mulher magistrada
“Não espere por grandes líderes; faça você mesmo, pessoa a pessoa. Seja leal às ações pequenas porque é nelas que está a sua força”- Madre Teresa de Calcutá