Juízes completam 15 anos na magistratura de MS
Essa semana, juízes da Capital e do interior que ingressaram na magistratura pelo XXV concurso completaram 15 anos de judicatura. No dia 29 de maio de 2002 foram empossados como juízes substitutos Adriana Lampert, Alessandro Carlo Meliso Rodrigues, Alessandro Leite Pereira, Aline Beatriz de Oliveira, Bonifácio Hugo Rausch, Cássio Roberto dos Santos, César de Souza Lima, Deni Luís Dalla Riva, Jorge Tadashi Kuramoto, José de Andrade Neto, José Henrique Kaster Franco, Larissa Ditzel Cordeiro Amaral, Luciane Buriasco Isquerdo, Luiz Alberto de Moura Filho, Luiz Felipe Medeiros Vieira, Marcel Henry Batista de Arruda, Marcus Vinicius de Oliveira Elias, Mario José Esbalqueiro Junior, Marli Miyuki Miyashita, Mauro Nering Karloh, Paulinne Simões de Souza Arruda, Renato Antonio de Liberali, Rosangela Alves de Lima e Silvio César do Prado.
Dentre os aprovados, quatro foram servidores do Poder Judiciário estadual: César de Souza Lima, Luiz Felipe Medeiros Vieira, José de Andrade Neto e Silvio César do Prado. Naquele concurso houve 850 inscritos para os 24 empossados. Embora pareça pouco, se comparado ao número de inscrições dos concursos atuais para ingresso na magistratura, o montante foi considerado recorde tanto de inscrições quanto de aprovações.
Desde o ingresso na carreira, houve muitas mudanças no ordenamento jurídico. Quanto tempo de dedicação é necessário para aprovação no concurso? Luiz Felipe conta que foram quatro anos estudando até passar: ele trabalhava no Tribunal de Justiça e estudava em casa.
“A magistratura sempre foi meu objetivo e na carreira confirmei que o desempenho da função exige muita dedicação e equilíbrio, pois o juiz tem o poder de transformar para melhor a sociedade. Portanto, para aqueles que desejam ingressar na carreira, digo que o façam somente com a certeza que são vocacionados e estejam dispostos a se dedicar integralmente para a causa de fazer Justiça”.
Alessandro Meliso também se dedicou muito. Foram três anos, com média diária de sete horas, sem contar o período de aulas, inclusive nos finais de semana. Ele lembra que não tinha feriado, férias e muito pouco lazer. Antes de ingressar na faculdade já tinha o sonho de ser juiz e, durante o curso, um professor de Direito Civil (o juiz aposentado Raul Roberto Soares de Melo), tornou-se referência e inspiração. Foi com ele que Alessandro teve a certeza que essa era a carreira que desejava.
“A magistratura é algo mágico e transformador. É concreta. Decidir um conflito e pacificar uma situação de insegurança, mediante aplicação das normas jurídicas vigentes, é vivenciar diariamente o Direito na prática. É poder resolver. É o Estado no exercício da função típica de distribuição da justiça e é também efetivar tudo aquilo que um dia sonhei. E quando se prolata uma sentença e decide-se um conflito existe uma sensação implícita de que tudo valeu muito a pena, de que é isso mesmo que quero fazer para o resto da vida. Sou plenamente satisfeito com a função que assumi. Faço com prazer, feliz”, confessa.
Alguns manifestaram sua alegria com a data pelas redes sociais. Foi o caso da juíza Luciane Buriasco. “Eu e minha turma de concurso completamos 15 anos de magistratura. Foi uma longa caminhada: mudamos de fisionomia, uma colega faleceu, casamos, tivemos filhos, alguns se separaram, outros se reinventaram, mergulhamos no interior do Estado, decidimos muitos processos, aprendemos a nos relacionar com as partes, advogados, imprensa. Amadurecemos, por certo. Que jornada!”
Outra manifestação foi da juíza Adriana Lampert; “15 Anos de magistratura!!!!15 anos do início de muitas amizades espalhadas por todo Mato Grosso Sul - Estado que acolheu muitos que daqui não eram originários, que nos mostrou a beleza de ser sul-mato-grossense, com muito orgulho, e nos deu o sentimento de pertencimento à família da magistratura!!! 15 anos!!!!”.
Será que algum deles se arrependeu da escolha da magistratura como carreira? Jorge Kuramoto respondeu sem titubear: “O que mais me marcou foi a amizade que se criou com este grupo maravilhoso. Pessoas sinceras, solidárias, que sempre me ajudaram. O Des. José Augusto me disse naquela época que o Judiciário agora era a minha família em Mato Grosso do Sul. Vejo que ele tinha toda a razão”, disse, lembrando do então presidente do TJMS, Des. José Augusto de Souza, hoje aposentado.